PERSPETIVAS DE CURTO-PRAZO MAIS NEGATIVAS
PERSPETIVAS DE CURTO-PRAZO MAIS NEGATIVAS
- Procura para compra desce em outubro
- Expetativas quanto ao preço e às vendas voltam a deteriorar-se
- Procura para arrendamento também abranda ligeiramente
Os resultados do inquérito PHMS RICS/Ci de outubro revelam que os operadores estão mais cautelosos quanto à evolução do mercado de compra e venda no curto-prazo. As expetativas apontam para que quer as vendas quer os preços sejam pressionados nos próximos três meses, num cenário em que a economia continua a lutar com os desafios colocados pela pandemia. Não obstante, a redução na atividade antecipada para o resto do ano poderá também ficar a dever-se a fatores sazonais.
A consulta por potenciais compradores caiu em outubro, conforme indicado pelo saldo líquido de -25% dos inquiridos. Esta é a leitura mensal mais fraca desde abril. Além disso, este indicador de procura está a recuar agora em todas as regiões cobertas pelo inquérito (Lisboa, Porto e Algarve). Ao mesmo tempo, as novas instruções de venda também continuaram a decrescer, com um saldo líquido de -15% dos inquiridos a notar uma descida.
Paralelamente, um saldo líquido de -17% dos inquiridos citou um declínio das novas vendas acordadas durante o mês (idêntico ao saldo líquido do mês anterior). Em termos de evolução, as perspetivas são para que as vendas caiam nos próximos três meses, com o saldo líquido relativo às expetativas de vendas a recuar para -29% face aos -13% de setembro.
No que se refere ao preço da habitação, a nota tem sido de estabilidade nos últimos meses. De facto, o último saldo líquido de -10% permanece inalterado face ao reportado em setembro e é consistente com uma queda muito ligeira nos preços residenciais. Em termos de perspetivas, as expetativas para os próximos três meses estão agora mais negativas, com um saldo líquido de -36% dos participantes no inquérito a antecipar uma descida dos preços no final do ano.
O índice geral de confiança (uma medida combinada entre as expetativas de curto-prazo relativas às vendas e aos preços) recuou para -32 em outubro, abaixo dos -18 de setembro. Novamente, esta é a leitura mais fraca desde abril e é um sinal significativo de que a segunda vaga da pandemia afetou a confiança.
No mercado de arrendamento, a procura por parte dos inquilinos também sofreu uma descida depois de dois meses de subidas. Como resultado, as rendas deverão voltar a descer nos próximos três meses, de acordo com um saldo líquido de -39% dos participantes.
Fonte: Confidencial Imobiliário